A campanha de vacinação inclui crianças de 6 meses a 5 anos incompletos. Mas por que não envolve os recém-nascidos?

A recomendação é clara: crianças de 6 meses a 5 anos incompletos devem tomar a vacina da gripe na campanha nacional. Mas mesmo as meninas e os meninos mais velhos podem se imunizar na rede privada. Já os bebês pequeninos, nem isso. Por quê?

“Não temos estudos específicos para essa faixa etária, que é naturalmente um pouco mais frágil e está com o sistema imune no começo do desenvolvimento”, explica o pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim). Ou seja, embora a vacina seja muito segura para o restante da população, não dá para cravar o mesmo nesse subgrupo.

Mas há um jeito simples de proteger essas crianças: vacinar as gestantes e as puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz). Ao receber a injeção, a mãe produz anticorpos contra os vírus da gripe, que então são repassados ao recém-nascido. Não à toa, as duas turmas integram o público-alvo da campanha.

Além disso, os médicos pedem para as pessoas que convivem com o bebê também se imunizarem. Isso cria uma barreira de proteção em que o vírus nem sequer entra em casa.

Outra coisa: evite grandes aglomerações nos primeiros seis meses de vida da criança. E peça a quem a visitar lavar as mãos com frequência, principalmente nos meses mais frios do ano, em que o vírus influenza circula com maior intensidade.

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